Acredito ser um mal da modernidade acharmos que o que repercute na web significa a integralidade do pensamento reinante da cultura brasileira. É perigoso, mas ao mesmo tempo estimulante, já que pela internet navega a evolução das massas, a juventude, os pensamentos mais liberais e libertários. Toda enquete que pergunta sobre a legalização da maconha a gente ganha. Mas e se o enfoque da pesquisa for diferenciado, mais voltado ao âmbito interpessoal, qual seria o resultado da enquete?! Ela foi feita, digamos, mais ou menos.
A agência Expertise realizou uma pesquisa ouvindo 1.259 pessoas através da internet e o resultado é bem pé no chão. 57% disseram suportar a legalização da maconha para fins medicinais. Ponto positivo. Mas acontece que quando a pergunta sugere a legalização do uso recreativo, o apoio cai para apenas 19% dos entrevistados. Ponto negativo. Ê Brasil.
Infelizmente no Brasil a palavra maconha parece seguir carregada de estigma e parte da população se nega seriamente a conceber a ideia de liberdade à planta. No entanto, somente 37% dos entrevistados disseram que a planta deve continuar ilegal.
Essa pesquisa destoa das outras enquetes pois é feita com parâmetros de seleção bem definidos por informações distintivas de endereço, idade e sexo. Pode-se dizer que é um retrato mais plural de opiniões. E o demonstrativo é de evolução, o que você acha disso?
Sobre o quantidade de uso mais um resultado revelador: entre os pesquisados, 26%disseram ter usado maconha alguma vez na vida, sendo que desses 83% não fumam mais, o que descontrai o mito de vício na primeira dose. Dos que fumaram, apenas 4% mantem a uso até hoje, o que correspondeu a 1% do todo participante. Um por cento… motiva toda guerra oriunda da proibição?! Em futuro não muito distante todos perceberão, que a resposta dessa pergunta é não.