Ficou no passado aquela história que o índio só quer fazer fumaça. Com a legalização da maconha nos Estados Unidos, o Pele Vermelha está de olho nos lucrativos negócios canábicos. A tribo dos Santee Sioux, em Dakota do Sul, pretende inaugurar, no próximo réveillon, o primeiro “resort” do país dedicado exclusivamente à maconha.
Os hospedes terão direito a um complexo recreativo com dez pistas de boliche, fliperamas, um bar e um restaurante. Tudo isso em um ambiente em que se poderá comprar e fumar maconha de forma livre. Os índios também prometem cultivar a própria maconha e devem oferecer até 60 tipos de strains “de alta qualidade, livres de poluentes e orgânicos”.
“Quando estiver pronto, este projeto de desenvolvimento econômico ajudará a criar muitos empregos adicionais e aumentará a estabilidade econômica da tribo e de seus membros”, disse à “CNN” o presidente da tribo, Anthony Reider.
O leitor bem informado deve saber que a Dakota do Sul não está entre os estados que legalizaram a maconha e deve ser um dos últimos onde isso deve acontecer, já que a política conservadora é muito forte por lá. Entretanto, as reservas indianas norte-americanas contam com suas próprias leis, o que cria a brecha para este empreendimento.
No ano passado, o Departamento de Justiça se pronunciou especificamente sobre a questão, e garantiu que não perseguirá nem interferirá nas operações de empreendimento dedicados à distribuição e ao cultivo de maconha que operem em reservas indígenas.