MP recomenda nova data para Marcha da Maconha em Niterói

Fonte: G1

marcha_niteroi_oficio_prefeituraA Marcha da Maconha de Niterói, na Região Metropolitana do Rio, deve ser remarcada, conforme o Ministério Público do Rio recomendou nesta quinta-feira (16). Marcada para as 14h de domingo (19) em Icaraí, a caminhada aconteceria junto ao Bote Fé — evento da Jornada Mundial da Juventude que celebra símbolos católicos e deve reunir 70 mil pessoas também em Niterói, no mesmo horário e local.

Em documento expedido pela Promotoria de Justiça e apresentado aos organizadores da Marcha, o argumento principal é de que o protesto não teria conseguido da Prefeitura o “nada a opor”.

“Considerando que, independentemente de se conseguir todas as autorizações legais necessárias à realização da ‘Marca da Maconha’, a realização do evento no mesmo dia e local de realização de outro evento, que, inclusive, já possui autorização dos órgãos públicos, gerará um imenso transtorno e desordem urbana”, aconselha o documento.

Na quarta-feira (15), o prefeito de Niterói, disse que caberia ao Ministério Público intermediar e decidir o que deve ser feito para não causar transtornos aos manifestantes e à cidade.  “Niterói é uma cidade democrática. Encaminhamos um ofício ao MP para que seja intermediário na questão. Vamos acatar a decisão da justiça. Se for determinado que os dois eventos sejam realizados juntos, vamos tratar da segurança e da infraestrutura para os dois. Respeitamos todas as manifestações e por isso, estamos nos esforçando por essa mediação. Esperamos que haja um entendimento”, disse o prefeito.

De acordo com o advogado da Marcha da Maconha de Niterói, Gerardo Xavier Santiago, a organização tem a cópia de três ofícios, todos protocolados em 29 de abril, e dirigidos ao prefeito, ao comandante do 12º BPM (Niterói) e ao delegado da 77ª DP (Icaraí).

“Cem mil panfletos foram distribuídos. Dizer que não podemos realizar o evento aos 45 do segundo do tempo é complicado. O que estamos propondo é uma reunião amanhã (quinta-feira, dia 16) com todos os interessados para resolver esta questão. O que não concordamos é com a postura do secretário (municipal de Segurança) Marcos Jardim. Nenhum documento nos foi apresentado até agora que comprove que a igreja tenha protocolado o ofício antes da gente. É como se a igreja tivesse precedência na ocupação do espaço público em função de ser uma instituição religiosa”, contestou o advogado.