Mais uma história de Flagrante e Suborno

“Eu e meu amigo que somos de Vitória ES. Fomos a cidade do Rio de Janeiro porque este meu amigo iria fazer uma prova. Como ele ia sozinho de carro aproveitei a carona para fazer um surf em saquarema na volta. Voltando do rio paramos em saqua e ficamos um dia e pegamos altas ondas, com a diminuição da ondulação resolvemos aproveitar mais um dia livre e pegar uma cachoeira. Pegamos a rodovia SERRAMAR RJ-142 em Casemiro de Abreu em uma sexta feira.

Logo que anoiteceu por volta das 19 horas após alguns poucos quilometros uma blitz da policia militar com uma viatura. Com a gente tínhamos aproximadamente 25g de prensado e 25g de um verde indoor cultivado por min. Logo que o policial jogou a lanterna e nos parou, deu para ver que não se tratava de uma blitz comum. Sacamos que eles estavam ali como uma cobra esperando para dar o bote nas dezenas de cabeças de pote que subiam a serra atrás de um contato com a natureza da região.

O policial que nos abordou teve uma conduta ríspida, porem sem ofensas.  A situação foi que ele não encontrava nada, torcia para que ele achasse um pouco de prensado que estava no lado do carona em baixo do banco. Porem ele não achou, abriu o porta malas e a situação ficou tensa. O carro tinha um cheiro forte de skunk que haviamos fumado a pouco. Isso deixou o policial nervoso. Ele já começava a ameaçar, falando que sabia que tinha muita coisa ali e que era melhor mostrar logo. Argumentamos que estávamos voltando de viagem e que já tínhamos fumado tudo. E que no carro não tinha nada. A busca continuou e os ânimos dos policias foram ficando mais exaltados.

Finalmente o policial achou em uma bermuda que estava na mochila de um amigo uma dola. Pensando agora vejo que foi bom, se ele encontrasse o skunk seria pior.

Ai a conversa mudou e a suspeita que tínhamos desde o inicio foi confirmada, essa era uma operação de arrecadação, percebemos que situação parecida havia ocorrido com outros jovens anteriormente naquela blitz e eles tinham sido liberados.

A conversa do policial mudou de tom e percebemos que ele queria era $$$$$. Não oferecemos dinheiro e isso o irritou e começou a mexer nas pranchas.  Para faze-lo parar falei que entregaria o resto e peguei o prensado que estava no banco do carona comigo. Quando ele pegou tudo falou – agora você ja pode ir preso por tráfico.

Nesse momento voltou a insinuar que poderíamos resolver a situação ali mesmo. E que tinha certeza que tinhamos muita coisa no carro. Oferecemos 50 reais e ele riu. Situação nervosa não tínhamos muito dinheiro. Ofereci 150 .

Nessa hora eu cheguei a pensar que o fdp iria dar voz de prisão por tentativa de suborno. Mas mandou entrar no carro, nesse momento peguei o dinheiro 200 reais e ao ver ele falou: vaza e deixa isso no chão.

Acabou ai, acredito que demos sorte.

Tudo isso aconteceu enquanto no carro tocava uma playlist com Mato Seco e Planet Hemp o que deixou a situação trágicomica. Os policiais tiveramque ouvir porcos fardados seus dias estão contados.”

Mande a sua história para hempadao@gmail.com