Mais um jardineiro atrás das grades!

Na busca por notícias do universo canábico encontramos mais uma história de cultivador condenado a ficar atrás das grandes por conta de um crime sem vítimas. O Tribunal de Justiça do Distrito Federal condenou um homem a seis anos de prisão e a multa por cultivar maconha em uma chácara do vizinho, em Taguatinga.

Em julho de 2013, agentes flagraram o cultivo da planta na chácara vizinha à casa do acusado. Na apreensão da droga, foram encontrados no terreno vizinho sete vasos com pés de maconha e, na casa dele, sementes, folhas e buds. O peso somado dos itens era de 20 gramas.

Por mais ridículo que seja pesar folhas e sementes como “flagrante”, a quantia permanece mínima, sendo um caso típico para registro como porte para uso pessoal. Em depoimento, o homem disse ser o dono da plantação, afirmando ser ser usuário de maconha há 14 anos. Ele também alegou que o cultivo seria para consumo próprio.

A própria sentença passa um entendimento de que não havia provas concretas do comércio de drogas, e o juiz fez uso de elementos subjetivos para justificar a condenação. “A intenção de difundir substâncias entorpecentes não é extraída apenas da efetiva comprovação da comercialização de drogas; pelo contrário, o legislador expressamente autoriza a adoção de vários outros critérios para formar a convicção de que tais substâncias seriam repassadas a terceiros”, diz a sentença.

Nesse desserviço à paz o sistema penal recebe mais um homem de bem que pode sair diplomado no mundo crime e seis anos. Que a sabedoria canábica proteja o amigo jardineiro nesse período.