Maconha Mata? Só se for Sintética!

Esta semana o Fantástico da TV Globo explanou um assunto já tratado aqui no Hempadão: a popularização do consumo de maconha sintética (Spice ou K2) no Brasil. Dos muitos compostos utilizados na fabricação desta falsa maconha apenas um está na lista de substâncias proibidas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Na prática, a maior parte ainda é legal.

Mesmo assim o Hempadão reforça que é melhor fumar o prensado fedido do que essa merda sintética. A maconha de verdade nunca matou, a sintética já. Após fazer uso do Spice em dezembro de 2012, a adolescente Emily Bauer, de 17 anos, foi para a UTI após sofrer vários derrames que a deixaram paralisada, cega e em grande parte inconsciente. Antes de ser hospitalizada Emily estava fumando o Spice diariamente.

O Fantástico acertou ao tratar dos riscos à saúde que estas substâncias que nem merece ser chamadas de maconha podem trazer aos usuários. Mas a raiz do problema está justamente na proibição da maconha.

Spice e K2 só foram criados para burlar a proibição da verdadeira maconha. O tão condenado crack tem história semelhante. Ele surgiu na década de 80 quando o proibicionismo fechou o cerco aos insumos usados no refino da cocaína. Sem essas substâncias o narcotráfico buscou novas técnicas de produção e acabou criando uma nova droga derivada da pasta base: o crack.

Em milênios de história não existe nenhuma morte provocada por uso de maconha. Se isso acontecer a culpa será toda da política proibicionista.