Maconha e TPM: Chá das Minas!

por Nessa Bruxinha .:.

Gente, se tem uma coisa que mexe com o corpo feminino é a tal da TPM (tensão pré menstrual). Já dei de testa comigo mesma dizendo: “Que nada, porra de TPM coisa nenhuma, eu tô mesmo é estressada/chateada só isso.” Rum! Mas qual?! Era e sempre foi TPM mesmo, aquela confirmada cientificamente. Se eu bem soubesse, não proferiria tanta bobagem. Fico irritada, choro, penso que vou morrer, sinto uma fome de leão, dor nas costas, nas pernas e cólicas como se fossem pequenos “trabalhos de parto”. Um horror!!! Nosso corpo parece que entra em ebulição. Até os pensamentos ficam mais embaralhados. Nervosa é pouco; fico grossa, viro um pedaço de cavalo, como se diz. Que bom que são apenas alguns dias, pena ser mensal.

A TPM é um desiquilíbrio hormonal normal que influencia no sistema nervoso feminino com mais de 200 sintomas. O que explica as alterações de humor, irritabilidade, aumento do nível de estresse, hipersensibilidade emocional, baixa autoestima, etc. Além de tudo isso, a TPM também se manifesta em sintomas físicos como inchaço, cansaço, fadiga, dores, cólicas e alterações de apetite. O que explica também o fato dos homens teimarem em dizer que somos neuróticas, loucas e que ninguém nunca vai entender as mulheres.

A coisa é tão séria, que em alguns lugares como Indonésia e Japão as mulheres têm direito a folga remunerada de 2 ou 3 dias, nesse período, para ficarem em casa. Aqui no Brasil um vereador de São Bento, do Tocantins, propôs um Projeto de Lei baseado na experiência em ver como a esposa fica nesses dias. Deveria ser sancionado em Janeiro desse ano, mas acho que não rolou. O ginecologista inglês Dr. Gedis Grudzinskas, começou uma campanha em 2015 com o intuito de defender e regularizar a licença menstrual em todo o mundo, ou seja, dias de folga no trabalho para mulheres que sentem os sintomas da TPM. Para quem acha que isso é privilégio para as mulheres, o Dr Grudzinskas afirma que se “os homens sentissem metade da dor que algumas meninas sentem durante o período menstrual, também gostariam de ter um dia de folga”.

Mas o que talvez algumas meninas maconheiras ainda não saibam, é que a maconha pode ser um santo remédio para esses sintomas. Não essa maconha fedorenta que temos por aqui, mas sim as cannabis recheadas de propriedades medicinais. As especialidades compostas por indicas, sativas e híbridas, permitem tratar desde a melancolia pré-menstrual até as fortes cólicas que assolam algumas mulheres.

Ainda dominado por homens, o universo das pesquisas e experimentos científicos com cannabis ainda é pobre quando se trata de informações sobre algo tão feminino quanto os perrengues associados à menstruação. Historicamente falando, há registros de que – por volta do ano 1.800 – a maconha costumava ser utilizada para aliviar cólicas menstruais.

Como não há registros, vai a minha experiência mesmo: na TPM, com maconha a tendência é ficar mais relaxada, durmo melhor, sorrio muito mais e não mordo; se tiver maconha e chocolate é o casamento perfeito. Sem maconha é, literalmente, tendências a pontapés e murros, tô puta mesmo, totalmente pirada e maluca, tendência para matar e por ai vai. Não senti melhora nas dores de cabeça (ai só um analgésico mesmo) porém as cólicas aliviam consideravelmente. Já os distúrbios emocionais são praticamente eliminados. Ao menos na hora do consumo e até acabar a lombra.

Portanto meninos, peguem leve com suas namoras, irmãs, mães, tias amigas. Somos loucas sim, mas somos de boa! Em vez de nos criticar (ou pior, nos chatear) nos ofereça um beck com uma barra de chocolate e vamos te amar eternamente.