Liberdade provisória negada ao ativista THCprocê

Pra quem acompanha de perto a história do THCprocê as emoções transitam entre esperança e ódio. No dia 16/06 ele foi preso, como já noticiamos e repercutimos aqui. O que poderia salvar parte da injustiça causada pela prisão de alguém que não lesou ninguém foi por terra quando, na audiência de custódia, o juiz negou o direito de Sérgio responder em liberdade.

Em um momento difícil como esse precisamos agradecer todos que estão apoiando diretamente o caso. É mais do que hora da militância se unir e avançar nessa luta.

Segundo o relato da excelente reportagem do Growroom sobre o caso, THCprocê precisou ficar algemado durante a audiência pois o Juiz teria alegado “risco de fuga”. Só que na verdade o Sérgio corre é o risco de ser solto. É o que defende, muito bem, o advogado André Barros, em texto publicado no Smoke Buddies. Ele explica que a prisão já começa ilegal, depois segue com fundamentação duvidosa, e finaliza lembrando que com todo o contexto de vida do “suspeito” ele deve ter sua pena abrandada para “pena restritiva de direito”, ou seja, não deveria estar preso nem por um dia.

Ler essa perspectiva dá esperança ao caso. Mas se deparar com a sentença do Juiz Victor Hugo Aquino de Oliveira dá tristeza ver como a justiça pode ser desajustada. Se todas as plantas e sementes dele foram apreendidas, como ele seguiria cometendo crime? Parece que a justiça não quer só controlar a biologia canábica, mas quer punir seus agentes de forma exemplar. Em que tempos estamos?

Alguém que notoriamente não tem ligação com crime organizado. Que nitidamente luta contra os interesses do Estado e dos traficantes. Que agiu sozinho para contribuir na vida de milhares de pessoas pelo Brasil. E é premiado com prisão.

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