Tudo evoluimuito bem onde a maconha deixou de ser tratada como a “erva do diabo”. Em Israel, onde o uso medicinal já é uma realidade, rolou o CannaTech, um congresso que reuniu mais de 400 especialistas no assunto.
O evento reuniu acadêmicos, cultivadores, promotores e defensores do uso recreativo e medicinal. A grande celebridade do congresso foi o pesquisador Raphael Mechoulam, o israelense que nos anos 60 isolou e determinou a estrutura do tetrahidrocannabinol (THC).
“Israel é líder em pesquisa científica com maconha, em seu cultivo, em questões de irrigação e, como não havia nenhuma plataforma para nos conectar ao resto do mundo, pensamos em fazer o CannaTech”, afirmou à Efe o chefe de operações do fórum, Daniel Goldstein.
A legislação canábica de Israel permite quase sem restrições a pesquisa com a cannabis e, desde 1995, também seu cultivo e uso com fins medicinais. Especialistas consultados no congresso calculam em “bilhões de dólares ou ilimitado” o potencial de desenvolvimento deste mercado, cujos usos medicinais ainda são desconhecidos porque “a pesquisa está de fraldas”.