Grupo faz passeata pela legalização da maconha no Centro do Rio

Antes do ato, médico discursou a favor da conscientização dos jovens.
‘Em adultos, uso pode ser terapêutico’, defendeu o doutor João Menezes.

Fonte: G1

Cerca de 100 pessoas se concentraram na tarde desta quarta-feira (27) na porta no Instituto de Filosofia de Ciências Humanas e Sociais (IFCS) da UFRJ para fazer uma passeata em prol da legalização da maconha e ao combate ao câncer. O encontro foi no Largo de São Francisco de Paula, no Centro do Rio. A manifestação acontece em 18 cidades do país.

Antes de sair em passeata até a Cinelândia, os jovens escutaram João Menezes, médico especialista em  e professor da UFRJ. “Os riscos [do uso da maconha] para a criança e o adolescente existem, mas os pais poderiam explicar aos seus filhos. Mas a proibição leva os jovens fazerem o uso precoce”, disse Menezes.

Segundo ele, o uso diário da planta não apresenta problemas. No entanto, há grupos que devem evitar o uso recreativo.”Para pessoas que têm histórico familiar de transtornos mentais, o uso recreativo pode ser perigoso. Mas em adultos o uso pode ser terapêutico”, afirmou.

Para o médico, a proibição resulta em um atraso na medicina, que poderia utilizar os princípios ativos da cannabis “Não tem como proibr, é um absurdo que essas pessoas estejam sofrendo e não possam utilizar o princípio ativo da maconha para a sua cura. Há estudos que apontam casos de surtos epiléticos que foram curados com o uso da planta”, disse Menezes.

O médico explicou que o uso fitoterápico – no qual não existe o reino da planta – requer um estudo para ser utilizado pela medicina. “A ciência moderna ainda não está preparada para utilizar a planta”, completou.

O advogado da Marcha da Maconha André Barros também se pronunciou. “Estamos lutando para que o uso seja aplicado. A luta é para o Brasil liberar o plantio e o uso da maconha para usos medicinais porque existe uma lei federal que está em vigor no país, mas não é aplicada. As pessoas poderiam ter autorização da união para o tratamento do câncer com o uso da maconha. As autoridades não aplicam a lei quando ela não é repressiva”, disse André Barros.