Freiras defendem o direito de poder plantar maconha na Califórnia

As “Irmãs do Valley” produzem remédios à base de cannabis e estão lutando contra a proposta de lei que quer banir o cultivo de maconha

por Felipe Cotrim

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Irmã Kate e irmã Darcey se consideram freiras, mas não são católicas nem pertencem a nenhuma religião tradicional. Juntas elas compartilham uma pequena plantação de maconha que possuem no quintal de casa, na cidade de Merced, na Califórnia. As chamadas “Irmãs do Valley” usam as plantas para produzirem medicamentos à base de cannabis e venderem. Os extratos de maconha fabricados pelas freiras são ricos em CBD, uma substância que pode ajudar em diferentes enfermidades e que é encontrada na cannabis, e livres de THC, a substância responsável pelo barato.

 

A Câmara Municipal de Merced, entretanto, criou uma proposta de lei que visa acabar com todas as formas de cultivo de maconha, mesmo as medicinais. Agora as freiras lutam contra essa proposta para poderem ter o direto de continuar com o negócio.

“Para mim é mais sobre a irmandade e o movimento feminista, para viver e trabalhar com outras mulheres e fazer algo positivo para a comunidade, e obviamente para o mundo, uma vez que enviamos para qualquer lugar”, disse a irmã Darcey à ABC 30.

Os produtos fabricados pelas freiras são vendidos no site de manufaturados Etsy. A loja online das “Irmãs do Valley” possuem óleos, pomadas e extratos feitos de cannabis.

“Nós fazemos óleos de CBD que evita convulsões, e milhões de outras coisas. Fazemos pomadas que servem para vários propósitos…nós descobrimos que é possível tratar enxaquecas, ressacas, dores de ouvido, assaduras, dores de dente”, conta a irmã Kate.

Elas explicam em seu site, que a prática espiritual delas consiste em produzir a própria medicina. “Nós não perdemos tempo ajoelhadas, mas quando fazemos nosso remédio é um ambiente e um momento de oração”, irmã Kate acrescenta.

A Comissão de Planejamento votou recentemente para continuar permitindo a distribuição de maconha medicinal em Merced, mas a Câmara da cidade está pressionando para colocar uma proibição em vigor antes das regulamentações estatais mais brandas entrarem em vigor em março.