Tradução: APP Redução de Danos
Pesquisa da Global Drug revela os países onde os usuários de drogas psicodélicas têm mais probabilidade de ter uma bad trip.
A Pesquisa da Global Drug Survey (GDS) nos diz muito sobre como o uso de drogas varia entre países e uma dessas medidas é a forma como as pessoas se sentem ao fazer este uso.
O GDS produziu um “método de uso” para utilização mais segura das drogas, com base nas experiências dos usuários. De acordo com este guia, aqueles que tomam psicodélicos como o LSD e os cogumelos mágicos estão entre a maioria dos usuários mais conscientes e seguros.
No entanto, um dos resultados possíveis e mais conhecidos dos psicodélicos é a “bad trip”. A maneira mais simples de descrever isso é como uma experiência psicológica perturbadora, geralmente caracterizada por níveis extremos de ansiedade.
Nem todos os usuários de LSD e cogumelos mágicos relataram experimentar a “bad trip” – de acordo com a pesquisa, a maioria dos entrevistados nunca teve, mas uma parte significativa sim.
Isolando alguns países onde havia mais de 500 participantes da pesquisa, em 2014, Portugal era o lugar onde os usuários de LSD tinham maior probabilidade de ter tido uma bad trip em alguma experiência de uso.
Mais de um terço dos usuários, tanto em Portugal quanto no México tinha experimentado uma “bad trip” com LSD em algum momento, com o país europeu que vem no topo da lista, com 38%. Em todos os países, incluindo a Holanda e a Bélgica, os entrevistados relataram ter este efeito.
Surpreendentemente, porem, os portugueses afirmaram ter tido menos “bad trip”, entre os países pesquisados, com relação aos cogumelos mágicos. Apenas 12% afirmaram ter. Países da América do Norte, Canadá e os Estados Unidos, eram onde os usuários foram mais propensos a relatar uma “bad trip” com 33,9% e 32,5%, respectivamente.
A legalidade dos cogumelos mágicos não pareceu ter impactado muito nesta medida. Espanha e Brasil não tem nenhuma proibição sobre o uso de cogumelos mágicos. Enquanto no primeiro 24,9% usuários relatam ter uma bad trip, que é quase o dobro da proporção de pessoas no Brasil (12,5%).