Bela, recatada, do lar e Maconheira! Por que não?

por Nessa Bruxinha .:.

Inevitável não trazer pra roda esse assunto. Sinceramente, não vi nada demais na expressão. Achamos ruim quando a imagem da mulher é enlaçada ao apelo sexual, e achamos ruim quando querem vender uma imagem nada vulgar. Que louco!! A quantidade de imagens sensuais vinculadas à frase título que foram postadas nas redes sociais me deixou com um nó. Afinal de contas, o que queremos?

A frase virou meme depois de estampar manchete da revista VEJA sobre a esposa do vice-presidente Michel Temer. A expressão foi excelente, na verdade, para mostrar a todos a linha editorial do veículo que há meses ataca a figura da mulher que preside o país. Concordar ou discordar dos rumos políticos tudo bem, mas ataques a pessoa pública… sei não hein.

A pergunta que fica é: será que a maconheira se encaixa nesse padrão? E mais, que padrão é esse de “bela, recatada e do lar”? Se ao invés de Temer, fosse Dilma que tivesse um companheiro 43 anos mais novo, como seria o tratamento da mídia? Não há nada de mau em ser bela, se dizer recatada e do lar. O estranho é isso virar notícia como virou, vivendo em tempos políticos como esses, que vocês devem estar acompanhando…

Tem mulher que é do lar, tem mulher que é do open bar, outras são do chá. E há aquelas que têm um pouco de cada (eu!). Apesar de ainda não ser maioria, cada uma dessas fazem, e fizeram, sua escolha e, escolhas são escolhas; não há como julgar entre certo e errado, se é ou não exemplo a ser seguido. Devemos parar de achar que tudo é bullyng, tudo é machismo, tudo é manipulação. Deixemos que vendam a imagem que quiser. Compra quem quer. Identifica-se quem achar melhor.

A erva, por exemplo, é bela, recatada e do lar. Bela por natureza. Recatada também, afinal só quer ser consumida bem vestida, e do lar, é óbvio, pois aqui no Brasil o melhor lugar para usufruí-la ainda é em casa, seja sua ou de amigos. É onde no sentimos mais seguros. É um exemplo a ser seguida, toda planta deveria ser como ela. Tá, ok! Nem todas.

De certo, é que a militância seja ela feminina, política, ideológica, o que for, não pode nem deve ser comparada nem seguida por essas mídias nojentas e sem valor comum. Deixem que falem sozinhas. Ler muito, pesquisar bastante e debater (não discutir) os assuntos, continua sendo a melhor forma de divulgação e compartilhamento de informação.

Sejamos belas ou feras, recatadas ou atiradas, do lar, do bar, do chá, da rua, do mundo! Sejamos quem quisermos ser, mas conscientes de que toda ação tem sua reação, e toda escolha tem consequências. Aprenda a viver com isso e seja feliz sendo quem é!